Desenvolvimento atlético para crianças e jovens

Certa vez Franklin D. Roosevelt disse:

 

“Nós nem sempre podemos construir o futuro para nossa juventude, mas nós podemos construir nossa juventude para o futuro.”

 

Por causa dessa afirmação convido vocês a refletir sobre o tema de desenvolvimento atlético para crianças e adolescentes.

Graças às suas diferenças físicas, psicológicas e sociais, crianças e adolescentes devem vivenciar programas de exercícios que promovem o desenvolvimento físico para evitar lesões e melhorar a qualidade de vida e até manter o hábito de se exercitar durante a vida adulta.

Independentemente se a criança está matriculada em uma escola de esportes, de rendimento ou recreativa, continua a ser necessário adotar uma estrutura lógica para o seu desenvolvimento atlético.

Os corpos dos jovens da atualidade são às vezes mal preparados para tolerar esportes rigorosos aqui no Brasil. Todos os jovens devem praticar atividade física regularmente e serem vistos como “atletas“, sendo oferecido a eles oportunidade para melhorar sua performance atlética de forma individualizada, holística e centrada na capacidade real do indivíduo. E assim que estiver mais maduro executar repetidamente uma gama de movimentos com precisão e confiança em diversos ambientes, que requerem habilidades motoras, força, potência, velocidade, agilidade, equilíbrio, coordenação e resistência.

Vale ressaltar que o termo atleta jovem é representado pelas idades aproximadas de 11 anos em meninas e 13 anos em meninos; e adolescentes incluindo meninas com idades entre 12 e 18 anos e meninos com idades entre 14 e 18 anos.

Quanto à especialização, é impossível realmente determinar se uma criança estará envolvida no esporte de nível profissional ou simplesmente vai praticar apenas para se recrear mais tarde na vida. No entanto, é imperativo que todas as crianças aprendam a se mover com qualidade e estejam preparadas adequadamente para as demandas físicas e psicológicas de uma vida de esporte e atividade física. Isso envolve inclusive fatores psicossociais, respeito ao próximo e ética.

Jamais confunda uma criança com um adulto em miniatura, as crianças têm seu próprio estado fisiológico e psicossocial, ambos bem imaturos. Então devem ser prescritos programas de treinamento adequados e proporcional à sua capacidade técnica e nível de desenvolvimento.

A anatomia e fisiologia das crianças difere dos adolescentes, que diferem da fisiologia dos adultos. Portanto, cada etapa da vida exige um tipo de treinamento.

 

Desde a infância até a idade adulta, as pessoas passam por diferentes estágios: infância, puberdade, fase adulta e idosa. Para cada estágio de desenvolvimento, há uma fase correspondente de treino atlético”. Tudor O. Bompa

 

É clara a diferença entre crianças e adolescentes e adultos, não apenas na estrutura muscular mas também nos padrões de ativação e função.

Além é claro que a criança possui um perfil metabólico mais propício ao metabolismo oxidativo e as taxas de recuperação do exercício de alta intensidade são mais curtas na juventude do que em adultos, portanto é importante:

• Prescrever programas de treinamento que são compatíveis com as necessidades e habilidades do indivíduo.

• Distinguir o estágio maturacional da criança e suas respectivas adaptações de formação induzidas e relacionadas com o crescimento em performance.

• A juventude de todas as idades, habilidades e aspirações devem se envolver em Desenvolvimento Atlético a longo prazo ou programas que promovem desenvolvimento em todas as áreas da vida do indivíduo.

• O desenvolvimento físico na juventude é um processo complexo, que envolve interação de crescimento e maturação.

Embora não haja uma única idade cronológica em que é considerado aceitável para os jovens formalmente iniciar o treinamento, as diretrizes recentes recomendam que qualquer criança que se engajar em uma forma de treinamento de resistência deve ser emocionalmente madura o suficiente para aceitar e seguir as direções e possuir níveis competentes de equilíbrio e controle postural (aproximadamente 6-7 anos). No entanto, as crianças devem se engajar em jogo exploratório e deliberado desde a infância (desde o nascimento até a idade de 5-6 anos), inclusive de atividades que desenvolvem habilidades motoras fundamentais e níveis básicos de força. Se as crianças estão prontas para se engajar em esportes organizados, elas estão prontas para participar de atividades de desenvolvimento de força adequada para o desenvolvimento atlético a longo prazo.

A terminologia costuma utilizar e diferenciar os períodos de treinamento em macrociclos (2-4 meses), mesociclos (3-4 semanas) e microciclos (1 semana ou sessão de treino). Essa ideia é imprescindível para quem deseja estruturar um programa com responsabilidade, ética, comprometimento e autocrítica nas escolas, clubes e centros de formação.


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