Eu me lembro de quando eu tinha aproximadamente 5 anos de idade, durante toda a semana, meus dias se alternavam entre ir para a academia com meu pai, e no outro, ir para outra academia com a minha mãe e irmã. Elas faziam ginástica aeróbica e ballet, e meu pai praticava artes marciais.
Eu simplesmente era o acompanhante de todos eles, e de maneira indireta, praticava todas essas modalidades: taekwondo, ginástica e ballet. E eu estou falando sério! Eu sabia dar uns chutes, sabia o nome de algumas posições do ballet, (tipo plie e grand plie) e ainda me arriscava a fazer alguns passos de dança. Mas na verdade, eu era o único da família que não praticava oficialmente uma modalidade. E adivinha só? Quando eu tive a oportunidade, fui fazer lutas, e detestei!
Quando eu realmente achei o esporte que eu gostaria de fazer (neste caso, o futebol) não tinha apoio do meu pai – até porque, ele detestava futebol e queria que eu tivesse interesse pela modalidade que ele admirava, as lutas.
Apesar de tudo isso, eu tive o exemplo claro de que os esportes eram fundamentais. Meu pai realizava alongamentos diariamente dentro de casa, minha irmã fazia ballet para melhorar os déficits motores que ela tinha e minha mãe praticava pelo simples fato de se manter ativa e saudável. Eu peguei gosto pelo esporte e sempre soube que o esporte era bom, hoje além de promover saúde eu sei que ele também é uma ferramenta de educação e transformação.
Hoje eu sou professor, e uso estratégias para desenvolver ao máximo meus alunos. Acompanho bem de perto o desenvolvimento e maturação deles através de avaliações periódicas e mensuração de composição corporal, estatura, peso, e crescimento em geral. Além disso, usamos testes físicos para ter certeza que estamos na direção certa em nosso programa.
Conheço todos os pais dos meus alunos e sei que a grande maioria deles também praticam atividade física regularmente. Posso afirmar com toda certeza que, os meus alunos que mais tem prazer em fazer aula são os filhos de pais que treinam frequentemente.
Outro ponto fundamental de motivação é o mindset, as crianças só vão fazer o que você pede se as suas solicitações fizerem sentido para elas. Ou seja, você precisa falar o idioma da criança, porque se você pedir algo que para ela não faz nenhum sentido ela não vai te dar a resposta que você espera. E para manter essa boa relação com eles, eu utilizo de todas as situações de sucesso e faço conexão com o empenho deles na academia. A cada conquista nós comemoramos juntos! Conquistas não são somente medalhas e pódios, e sim aprendizagem real de habilidades, correr mais rápido, realizar um exercício mais coordenado, um salto mais distante… Tudo isso é motivo de comemoração e mérito deles pelo esforço e dedicação! Dessa forma ensinamos eles a dar valor às pequenas conquistas também; e os pais fazem parte de todo esse processo ativamente, recebendo relatórios da evolução de seus filhos.
Convido vocês a participarem da vida dos seus filhos! E mesmo que vocês não tenham todas essas informações e relatórios, ainda sim, deve se esforçar para fazer parte da vida dos seus filhos. Isso sim é o mais valioso para o verdadeiro engajamento com o esporte e vida saudável. Então, dê suporte ao seu filho, treine com ele, vá aos treinos dele, deixe-o escolher o que ele realmente quer fazer. Afinal, queremos que você e seu filhos estejam treinando e evoluindo constantemente. Eles precisam de desenvolvimento físico, e eu estou falando de desenvolver, força, resistência, potência, agilidade, flexibilidade e muitas outras capacidade, que conseguimos alcançar com exercícios simples, e que não necessariamente são complexas como no treinamento de adultos.
A mensagem final desse texto é:
Crianças aprendem pelo exemplo, e você (pai, mãe e professor) pode ser o melhor exemplo que ele terá na vida. Não desperdice essa oportunidade!
Seguiremos treinando!
Deixe um comentário