O tema controle do tronco e da pélvis tem ganhado mais e mais espaço dentro das discussões sobre prevenção de lesão e eficiência biomecânica para atletas de futebol. Jurdan Mendiguchia, JB Morin, Johan Latti, tem sido alguns dos responsáveis por trazer a tona pontos super interessantes e ainda pouco compreendidos no contexto do futebol.
No meu dia a dia, eu encaro esse tema como um dos pontos prioritários do nosso trabalho e após conversar com muitos preparadores físicos de clubes, tenho a seguinte visão sobre trabalhos de CORE, postura e coordenação.
Todo jogador de futebol deve fazer, além das ativações pré treino, de 1 a 3 sessões extras por semana(depende do calendário e jogos na semana) para as necessidades individuais relacionadas ao tema do post.
Essas duas sessões devem ter como foco principal, construir POSIÇÃO e CONSCIÊNCIA, aprender a ATIVAR, adicionar diferentes tipos de FORÇA e desenvolver capacidade de SUSTENTAR a posição.
A melhor forma de fazer isso é progredir de forma sutil no volume e intensidade e focar na complexidade das tarefas.
Eu trouxe apenas dois pontos(porque tem MUITOS!) que enaltecem a importância dessas sessões extras:
1-A Falta de coordenação aumenta o risco de recidivas de lesões de isquiotibiais.
2-O tilt anterior da pélvis e a flexão lateral do tronco, quando ocorrem durante a fase de swing no sprint aumentam o risco de lesão dos isquiotibiais.
Uma boa forma de estruturar esse trabalho é a partir de um framework claro de construção do atleta e as soluções especificas para cada nível.
Quem me acompanha sabe, eu sou do SIMPLES, um bom ponto de partida é o BIG 3 do Mcgill! Exercícios de Yoga e Pilates também são ferramentas que eu tenho usado bastante, mas a minha principal dica é enxergar a estrada toda, construir todas as progressões que você imagina para aquela tarefa (no papel mesmo). Uma coisa eu posso te dizer com certeza, seu plano NÃO será seguido, mas ele te trará o norte e clareza na hora que você realmente precisar fazer as progressões.
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